Onde o canto e o encanto das cascatas?
Vejo o desencanto de um líquido parecido com água
que deságua sua mágoa no túmulo da erosão.
O passarinho cantou, cantou, respirou o ar grosso
e tonteou, piou, rodopiou
e alçou vôo para qualquer lugar.
A criança comeu a fruta envenenada desvitaminada
e não aconteceu nada porque estava adaptada
a bromato e DDT.
Iludiu a fome, não se envenenou nem se nutriu
e o velho sonhou saudoso com a lface fresquinha
pingando o orvalho puro no arrebol de outras manhãs.
O trator de esteira arrancou o fruto pela raiz
e a infeliz floresta parou a festa
e ouviu a sinistra orquestra do lamento do vento
trazendo areia e plantando a paisagem cinzenta do deserto.
A máquina plagiou a árvore e fez frutos, frutos, frutos sem fim
e os vegetais sentiram-se bruscamente inúteis
pois as engrenagens multiplicara as comidas
que iam alimentar máquinas ainda vivas por uns tempos.
O robô se misturou com o homem e roncou que estava com fome
e que também tem direitos, também tem direitos...
pois trabalha direito
serviço bem feito
na produção perfeito.
E repetia: quem mais trabalha, mais come, quem mais trabalha, mais come.
E seu irmão - o computador -
Programa o drama do con-sumidor consumi-dor.
O petróleo vale tanto quanto o sangue se não mais.
A fumaça soberana ainda deixa cair uns restos de oxigênio.
E, na transparência do plástico, configura-se um futuro sem brio, sombrio.
A palavra Natureza pode voltar a ser sagrada
quando já não houver mais nada
e o robô voltar a ser brinquedo.
Sempre resta a ESPERANÇA
de o homem redescobrir este velho segredo:
que a natureza é ele e ele é a Natureza.
(Desconheço a autoria)
Vejo o desencanto de um líquido parecido com água
que deságua sua mágoa no túmulo da erosão.
O passarinho cantou, cantou, respirou o ar grosso
e tonteou, piou, rodopiou
e alçou vôo para qualquer lugar.
A criança comeu a fruta envenenada desvitaminada
e não aconteceu nada porque estava adaptada
a bromato e DDT.
Iludiu a fome, não se envenenou nem se nutriu
e o velho sonhou saudoso com a lface fresquinha
pingando o orvalho puro no arrebol de outras manhãs.
O trator de esteira arrancou o fruto pela raiz
e a infeliz floresta parou a festa
e ouviu a sinistra orquestra do lamento do vento
trazendo areia e plantando a paisagem cinzenta do deserto.
A máquina plagiou a árvore e fez frutos, frutos, frutos sem fim
e os vegetais sentiram-se bruscamente inúteis
pois as engrenagens multiplicara as comidas
que iam alimentar máquinas ainda vivas por uns tempos.
O robô se misturou com o homem e roncou que estava com fome
e que também tem direitos, também tem direitos...
pois trabalha direito
serviço bem feito
na produção perfeito.
E repetia: quem mais trabalha, mais come, quem mais trabalha, mais come.
E seu irmão - o computador -
Programa o drama do con-sumidor consumi-dor.
O petróleo vale tanto quanto o sangue se não mais.
A fumaça soberana ainda deixa cair uns restos de oxigênio.
E, na transparência do plástico, configura-se um futuro sem brio, sombrio.
A palavra Natureza pode voltar a ser sagrada
quando já não houver mais nada
e o robô voltar a ser brinquedo.
Sempre resta a ESPERANÇA
de o homem redescobrir este velho segredo:
que a natureza é ele e ele é a Natureza.
(Desconheço a autoria)
3 comentários:
Triste realidade. =s
Nossa miga! vc que criou esse poema!? ta muito bom!!! e esse tema é bem dificil pra criar poema! parabens!!! bjinhos
Oi minha linda miga, não foi eu não, eu ia anotar o nome do autor, por isso o espaço , mas esqueci e depois perdi, rsrrs. Achei numa apostila antiga e gostei muito também, embora escrito há muito tempo é muito atual, aliás o problema com ambiente sempre vai existir e ser sempre atual, não é mesmo? Beijos
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