O herói que projetei ficou nos álbuns, no colo de uma tia ou na estante.
O tempo que plantei ficou na estrada e do nada fiz este canto.
Diário encadernado do fracasso.
Pequenos vícios, pequenos sonhos, espaço reduzido, calças curtas, sapatos apertados, calos, curvas.
O vento leva o fogo e traz a febre.
O tempo que perdi perdeu seu tempo, fugiu do calendário, virou nuvens.
A dor que conservei dói pelos ossos e segue a melodia, dor que fica.
Transita sem remorso pelo peito...
(Luiz F. Pereira)
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